O documentário Lua Nova do Penar, de Leila Jinkings e Sidnei Pires, homenageia Hiram de Lima Pereira (3/10/1913 – 15/1/1975), jornalista potiguar e um dos 11 membros do Comitê Central do antigo PCB desaparecidos durante a ditadura.

Nascido em Caicó, no Rio Grande do Norte, Hiram Pereira concorreu a deputado estadual em 1947 e, apesar de mais votado na lista do partido, não conseguiu se eleger. Em 1949, transferiu-se para o Recife e foi um dos redatores da Folha do Povo, jornal local do Partidão.

Participou ativamente das campanhas eleitorais da Frente do Recife, uma coligação que reuniu o PCB, o PSB, o PTB e outros partidos, elegendo em 1955 Pelópidas da Silveira prefeito da cidade e, posteriormente, Miguel Arraes prefeito e governador do estado, em aliança com o PSD. Hiram Pereira foi nomeado por Arraes secretário de administração da capital de Pernambuco, permanecendo no cargo por mais duas administrações sucessivas do prefeito Pelópidas da Silveira.

Com o golpe militar de 1964, mudou-se para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo, onde atuava na clandestinidade até ser preso em janeiro de 1975. Pelos relatos obtidos pela Comissão dos Desaparecidos Políticos, foi torturado até a morte nas dependências do DOI-Codi.

Eis a programação prevista para o sábado, 5 de outubro:

14h - Boas-vindas: Kátia Felipinni; coordenação: Maurice Politi (Núcleo de Preservação da Memória Política).
14h30 - Exibição do documentário Lua Nova do Penar.
16h - Debate com Marcelo Mário Melo, companheiro de militância, e familiares de Hiram de Lima Pereira.
17h - Homenagem aos militantes do PCB.

Dia 5 de outubro, Memorial da Resistência de São Paulo (Largo General Osório, 66 – São Paulo, SP; tel. 11 3335-4990).